O Livro do Gênesis
Eden, Torre de Babel e o Dilúvio
EDEN
Primeira profissão: Taxonomista
Origem da Idéia do Centro de Origem e Dispersão
Santo Agostinho (Séc. V) e o Problema das Barreiras à Livre Dispersão
A interpretação literal do Gênesis (início do Sec. V)
Animais carregados por anjos (!?) entre as ilhas após a criação no Eden
Antípodas e as Zonas climáticas latitudinais da Terra
Pseudoaugustinus (Séc. IX e X) – primeiro postulado de pontes intercontinentais
Existiria uma ponte entre a Europa e Irlanda, que permitiu a dispersão dos animais.
Descoberta das Américas obrigou os Biogeógrafos a postular novas hipóteses sobre a dispersão animal
Ressurgimento da Atlântida de Platão como solução para o enigma
Athanasius Kircher (1675) Arca Nöe
Todos os animais couberam na Arca? E os animais das Américas?
Animais puros vs. animais impuros
Athanasius Kircher (1675) A Torre de Babel
Dispersão dos diversos povos humanos
O “Sistema Naturae” e O Aumento da Terra Habitável
Karl von Linné (Carolus Linnaeus, 1744)
Descrição das espécies com base em “tipos” fixos
Cada ser surgiu da criação de um único “par sexuado” pelas mãos do Supremo Artífice;
A totalidade da terra firme, na infância do mundo foi submergida pelas águas, exceto uma única ilha – nocão de CENTRO DE ORIGEM
A Terra aumenta a cada ano e o continente dilata seus limites.
Seguindo a observação de Linnaeus de que a própria península escandinava estava se erguendo e acrescentando território ao continente.
O “Paraíso” estava situado no Equador e era constituído de um monte elevado, que apresentaria todas as variações climáticas necessárias para a vida dos diversos animais encontrados hoje e os tipos de solo necessários para os diversos tipos vegetais
Linnaeus:
“Animais e plantas em locais de ecologia semelhante, em diferentes continentes, pertencem à mesma espécie”
“Histoire Naturelle” e Épocas da Natureza
Georges-Louis Leclerc, Conde de Buffon
Pela primeira vez considerada a variabilidade vs. a fixidez das espécies
“LEI DE BUFFON” porposta por Humboldt contraria o postulado de Linnaeus:
“Animais e plantas em locais de ecologia semelhante, em diferentes continentes, pertencem à mesma espécie”
Degeneração dos Animais → diminuição do corpo
Bisões; Alces, Renas e Cervos; Felinos; Lobos, Raposas; Pecari (porcos na Eurásia) – comuns entre velho e novo mundo
Lhamas; Tamanduás; Anta; Cabiai (Capivara)
Cangambás – “aperfeiçoados” para pior
Pela primeira vez é sugerida a união da África à América do Sul. Mantendo assim a possibilidade do antigo continente ser o centro de origem de todos os animais (mamíferos)
Geração dos Animais – moléculas orgânicas e moléculas físicas →
→ GERAÇÃO ESPONTÂNEA
Épocas da Natureza – Sete Épocas culminando com o Homem
“Assim como na história civil consultam-se títulos, pesquisam-se medalhas, decifram-se inscrições antigas, para determinar as épocas das revoluções humanas e constatar as datas dos acontecimentos morais, da mesma forma, na História Natural, devem-se perlustrar os arquivos do mundo, tirar das entranhas da terra os velhos monumentos, recolher-lhes dos restos e juntar, em um corpo de provas, os indícios das mudanças físicas que podem fazer-nos remontar às diferentes idades da natureza.”
Surgimento da “Geografia Botânica”
Barão Humboldt 1805
Viajou pelo norte da América do Sul, Antilhas e México
Ascenção do Chimborazo no México
Sucessão de flora altitudinal semelhante à latitudinal
Mapeamento do mundo em formações vegetais
Invenção de linhas isóbaras e isotermas
Pai da “Geografia Botânica” (apesar de inspirado em Georg Foster e Karl Willdenow
Cunhado o termo “ENDEMISMO” Augustin Pyramus De Candolle 1820
Revisão exaustiva do conhecimento em “Geografia Botânica” até sua época;
“Luta pela sobrevivência” entre as plantas, citado mais tarde por Darwin
Distingue “Estações” e “Habitações”
Estações: condições de luz, umidade, temperatura, sazonalidade, etc.
Habitações: Delimitadas por barreiras naturais: mares, desertos e grandes cadeias de montanhas. Suplantadas por quatro possíveis causas de transporte: o movimento das águas, a atmosfera (ventos), os animais, o próprio homem
Confirma mais uma vez a Lei de Buffon
Determina 20 “Regiões Botânicas”
Primeiro defensor do Mutacionismo
Jean Baptiste Lamark 1809
Lamark foi precursor das idéias de Darwin;
No entanto acreditava em um evolução ortogonal ou teleológica (direcionada) como proposto na “Scala Naturae”
Como pregado desde Pitágoras, Lamark não questionava e até se baseava em dois pressupostos importantes:
“Herança de Caracteres Adquiridos”e
“Geração Espontânea”
e suas conseqüências biogeográficas
Lei da correlação das formas
Fixidez das espécies – comprovada pelas múmias de animais egípcios
Quatro tipos fundamentais de organização – vertebrados, moluscos, aritculados e radiados
Princípio das condições de existência ou Causas finais – “Nenhuma coisa pode existir a não ser que contenha as condições que tornam sua existência possível”
Inexistência de espécies intermediárias no registro fossilífero corrobora a fixidez das espécies
As Revoluções do Globo Terrestre – Eras geológicas aparentes em estratos diferenciados. Cada estrato corresponderia a intervalos com biota própria, intercalados com eventos catastróficos.
os primeiros organismos, mais simples, presentes nos estratos mais antigos, iam tornando-se mais complexos em estratos sucessivos. Mas sempre obedecendo os quatro tipos fundamentais de organização
Em seu trabalho Cuvier não cita a “criação divina” como fonte das sucessivas biotas, mas seu trabalho foi interpretado dessa forma, uma vez que ele não adimitia a mutabilidade das espécies, mas sim sua fixidez.
O Pai da Zoogeografia
Grande viajante e coletor, observou a fauna e flora de diversos continentes;
Regiões ou “Reinos” zoogeográficos (Ecozones)
Teoria Evolutiva
Charles_Darwin, 1809-1882
Viajou durante 6 anos a bordo do “Beagle”;
Coletou amostras e observações que o levaram à criação da “Teoria Evolutiva”;
A Evolução biológica se daria através do mecanismo de
“Seleção Natural”;Darwin observou os tentilhões (Link recomendado) nas ilhas Galápagos;
Observou a variabilidade na forma dos bicos relacionada à disponibilidade de alimentos e conseqüente dieta dos tentilhões
O isolamento geográfico junto com condições ecológicas específicas proporcionou a diferenciação, levando à especiação da forma original de tentilhão
Alfred Wegener, 1912
Físico e Meteorologista Alemão que porpôs o conceito da “Deriva Continental” (ver também este PDF) em 1912. Este conceito foi expandido em 1915 no seu livro “A Origem dos Continentes e Oceanos”. Sua teoria era comprovada por um conjunto de dados impressionante.
“Aparentemente os cientistas não entenderam suficientemente que todas as Ciências da Terra devem contribuir com evidências para desvendar o estado de nosso planeta nos primeiros tempos, e que a verdade sobre o assunto apenas pode ser alcançada pela combinação de todas essas evidências.”
(link em Espanhol)
Leon Croizat, 1958
Rastros ou traços biogeográficos individuais – correspondem a linhas unindo pontos geográficos com registro de ocorrência de uma determinada espécie
“Generalized Track” – Rastros ou traços generalizados;
Croizat foi o primeiro a propor que a especiação ocorre após a separação geográfica das espécies – mais tarde esse conceito se consolida como especiação alopátrica
Cladistic Biogeography
Hennig, 1969
Prescindiu do desenvolvimento da sistemática filogenética ou Cladística – desenvolvida por Hennig em 1950, 1966 e 1968
Unida a Deriva Continental de Wegener e a Tectônica de Placas
Comprovada por pesquisas Paleomagnéticas;
Estudo do Fundo do Oceano;
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